sábado, 22 de janeiro de 2011

"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós, quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam..."

Clarice Lispector

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Dois Bicudos ...

Quando eu te vi andava tão desprevenido
Que nem ouvi tocar o alarme de perigo
E você foi me conquistando devagar
Quando notei já não tinha como recuar

E foi assim que nos juntamos distraídos
Que no começo tudo é muito divertido
Mas sempre tinha um amigo pra falar
Que o nosso amor nunca foi feito pra durar

Por mais que eu durma eu não descanso
Por mais que eu corra eu não te alcanço
Mas não tem jeito eu não sei como esperar
Desesperar também não vou
Não vou deixar você passar
Como água escorrendo nos dedos
Fluindo pra outro lugar

Ninguém pode negar que o nosso amor é tudo
Tudo que pode acontecer com dois bicudos
Não são tão poucas as arestas pra aparar
Mas é que o meu desejo não deseja se calar

Até os erros já parecem ter sentido
Não sei se eu traí primeiro ou fui traído
Não te pedi uma conduta exemplar
Mas é que a sua ausência é o que me dói no calcanhar
Será sempre será
O nosso amor não morrerá
Depois que eu perdi o meu medo
Não vou mais te deixar


Ana Carolina

Essa letra é muito significativa pra mim...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011




“Porque se desse, se eu pudesse, se desse mesmo pra te amar, seria amor e ponto final.”

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há-de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe,
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...



Fernando Pessoa
Quero piadas internas acordar de madrugada com uma mensagem da pessoa que amo, eu quero uma flor, roubada de um jardim qualquer. Quero um amor aventureiro, quero um beijo no meio da briga, quero surpresas, quero uma coletânea com músicas ruins, ou não, que descrevam o meu amor. Ter vontade de gritar com alguém, quero jogar coisas em alguém e dizer ‘saia da minha vida’, mesmo sabendo que se sair, eu morreria cada dia por dentro. Não quero que fale que meus olhos são lindos, mas que por algum motivo, goste de olhar para eles.